segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Juíza diz que nomeação de Emerson Dias Gonçalves “é perigoso ao interesse público”



O gestor do Fundo Municipal de Trânsito de Balneário Camboriú, Emerson Dias Gonçalves, sabia que não poderia assumir a função por ter sido demitido na Prefeitura. No dia 15 de dezembro de 2016 ele protocolou na Vara da Fazenda Pública pedido de anulação do ato para tentar reverter a situação. 

Imagina-se que Emerson tenha enganado o próprio prefeito Fabrício Oliveira, porque contratou para representa-lo não um advogado ligado ao grupo político do chefe do poder executivo. Estranhamente ele fez o pedido através do advogado Luiz Fernando Ozawa, que foi candidato a prefeito nas últimas eleições pela coligação PSOL-PT, e um ferrenho crítico do candidato vencedor das eleições. 

O pedido assinado pelo Professor Ozawa pedia tutela antecipada para permitir que Emerson assumisse o Fumtram. Em decisão da juíza Patrícia Nolli, publicada no dia 24 de janeiro deste ano, o pedido foi indeferido.
Em sua decisão, a juíza destaca que “apesar da vontade do autor, fato é que esses requisitos não estão presentes na hipótese dos autos: não vislumbro a probabilidade do direito ou mesmo urgência da medida, tendo em conta que o autor foi demitido há mais de 5 anos administrativamente, após ter sido instaurado em seu desfavor processo administrativo para tal desiderato, e apenas agora –após ter ciência da possibilidade de exercer cargo comissionado no Município – almeja desconstituir aquela decisão, com imediata suspensão dos seus efeitos”.

A juíza vai mais longe em sua decisão ao afirmar que “o perigo aqui se mostra inverso, ou seja, é muito mais gravoso ao interesse público – supremo e indisponível – possibilitar que o autor exerça função comissionada no Poder do qual foi demitido do que este aguardar o deslinde da controvérsia trazida à apreciação judicial nos autos”.

Neste sentido a decisão que o prefeito Fabrício Oliveira tomar será fundamental para a moralidade do seu governo. Emerson denunciou recentemente a locação de um imóvel que abrigaria o Departamento de Trânsito. A prefeitura rompeu o contrato, mas ele estaria procurando outro local...

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